segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Rápido

Auto-retrato da carniça de uma carcaça ao sol...
A parte mais inútil do modus vivendi...
Auto flagelado, carregando a taça da amargura e beijando...
Beijando o nada...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ao Cair da Noite

Cai a tarde
Dama simbiótica da noite
Par em perfeita comunhão
Me anunciando mais um período de trevas

...mais uma noite de desespero

...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Minha Presença

Quero que o inferno se derrame sobre mim
Não tenho o direito de ser feliz
Perdi esse direito quando ouvi falarem de você
A dor de ser EU é mais tangível que uma flor na noite
Eu vivo e morro a cada momento
E a cada momento eu tento não resuscitar
O meu peso caduca a balança
Minha presença causa dor, tristeza e incomoda...

domingo, 19 de setembro de 2010

Uma estrofe...

... na compania da noite eu me dissolvo...
dissolvido me solto...
solto sou mau...
mau sou eu...
eu sou você quando está triste...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Poema do Adeus

Um solitário que nunca viveu amores...
... Amores, nem sequer sabe o que é isso...
Um solitário, que a lua se negou a encher...
Vive buscando a morte, mas não encontra em parte alguma....
.... mas sente que ela está bemm perto... a morte está muito perto e essa pode ser a última coisa que escrevo...
Então só para garantir deixo meu adeus e meus votos de felicidade e que vc consiga tudo que procura!!!
Eu procurei mas não encontrei, foi ela que me encontrou....
Adeus...

sábado, 31 de julho de 2010

Vinho, Sangue e Orgia

Ao lado da minha morada
Têm uma festa.
Não sei o que acontece lá...
Parece ser bruxaria,
Um festim animado,
Vinho, sangue e orgia!
Vinho, Sangue e Orgia

Nutrir-se de vinho,
Banhar-se de sangue,
Profanar-se na orgia
Galopar com a morte
No vale das almas esquecidas.

Vinho,sangue e orgia!
Por que privar-se destes talentos?
Se Deus nos deu, que aproveitemos!
O pecado já está despedaçado,
As velas vão queimando
Num momento solene
De vinho, sangue e orgia!

Me desfaço e me refaço
Nessa obra, dita ser do Diabo
Tudo ao redor chora
Até na festa ao lado da minha morada
Choram amores e pesadelos
Choram rosas e choram remorsos
Batuque de ossos
No clima que paira no ar...magia
No festim de vinho, sangue e orgia.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sombras de uma Mulher

Ela passa nas sombras

Eliminando o caminho de flores mortas

Com seu ar de moça

Ela abomina os homens a sua volta.


Num grito de tristeza

Ela parte corações

Ela é muito mais forte

Ela é dona de uma certeza

Mata, morde, mastiga destrói o homem

Ela está passeando por ai

Sempre vem no entardecer

Sombria e misteriosa

Ela vem buscar você.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Natureza Morta

Hoje eu acordei mais cedo que de costume
Vivendo um momento de muita tristeza
A bela do quadro velho morreu
Aaa,como eu amava aquela mulher!
Que vivia quetinha,
Sem pertubar,
Sem se queixar,
Só ficava ali
Me olhando...olhando...olhando...

Hoje eu estou triste.

sábado, 13 de março de 2010

A Procura de Luz

Aí estás ser fotofóbico
Que deixa um raio de luz onde passa
Fazendo uma algazarra que tú guardas
No teu coração poeirento de micróbio.

Vou trazer a luz para lhe mostrar
O que tú inscistes em não ver
A luz que te traz medo me dá prazer
E dessa luz tú há de beber e se engasgar.

Tú tens medo da luz
Eu amo as trevas mas trago um dom
Que é viver entre luz e treva,entre o silêncio e o som
E ver-te corroendo em busca da cruz
Onde rogas um alívio
Onde queres saber da luz
Onde estás o rosto atrás do capuz?
Onde não vive um ser sequer sem o martírio.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Dama de Sangue

Beije-me com seus beijos de rapina
Oh! Dama de sangue que me abraça.
O coágulo de teu ser vem com a morte
Mancando e se escorando uma nas outras.
A morte-ser cruel que nas esquinas
Fuma seu cigarro aspirando a fumaça
Do derradeiro homem que levou pro inferno.

Ah! Minha dama vestida de rubi
O molho rubro e grosso e nojento
Cabe a mim,à saciar minha sede
E Gangrenar seu pescoço liso e cheiroso.

Se desfaz,por quê dama estonteante?
Como gelo em água escaldante
Você some como um morcego à luz do dia
E eu à vacilar,fui te contemplando
E me deleitava no doce pescoço que eu mordia.