sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Silêncio do Desejo

O silêncio do desejo

A alma que luta contra o desejo

Cai nas correntes do não ser

Fraqueja e se desfaz

Morre... desgraçado.

A boca de satan está aberta

Morre...desgraçado

E alimenta satan com seu silêncio

Preeche as lacunas no inferno

Seja devorado... desgraçado.

Ele brota do seu peito

Mas você não o absorve

Vive mendigando na eterna desgraça

O desejo está presente

Mate o desejo e seja realizado.

Mas não você se curva feito uma beata

Virgem no corpo, masoquista e devassa na mente

Vamos... olhe-o novamente lhe chamando

É o desejo...vá sirva-se dele

Não é capaz... então vá preecher as lacunas do inferno

E ser devorado com volupia e desejo

Vai ser devorado por satan.

domingo, 20 de março de 2011

Com a Corda no Pescoço

Pendurado com a corda no pescoço
Sinto vir do mais longinquo osso
A frieldade do fim do posso...

Pendurado com a corda no pescoço
Do dorsso raquitico - misterioso
Sei a vai chegar a hora do fim do esboço

Já falei dimais e mais um pouquinho
Pendurado com a corda no pescoço
vou pular do banquinho pro mundo maravilhoso

sábado, 8 de janeiro de 2011

Uma Coisa

Das dúvidas que tenho
A maior é se estou realmente vivo
Pois na inutilidade prossigo
Causando no mundo desdenho.

Costelas estaladas eu ouço
Como uma harpa de um anjo
Sonho desde sempre o meu assanho
Para as minhas barras de calça de moço.

Minha tinta é desbotada
Meu cordel é sem rima
Minha alma (se tenho uma) para o abismo se atina.

Minha mãe sempre chora magoada
Por ter dado ao mundo tal esquesitice
Que mata ela, mata eu, mata tú e deixa o resto triste.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Rápido

Auto-retrato da carniça de uma carcaça ao sol...
A parte mais inútil do modus vivendi...
Auto flagelado, carregando a taça da amargura e beijando...
Beijando o nada...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ao Cair da Noite

Cai a tarde
Dama simbiótica da noite
Par em perfeita comunhão
Me anunciando mais um período de trevas

...mais uma noite de desespero

...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Minha Presença

Quero que o inferno se derrame sobre mim
Não tenho o direito de ser feliz
Perdi esse direito quando ouvi falarem de você
A dor de ser EU é mais tangível que uma flor na noite
Eu vivo e morro a cada momento
E a cada momento eu tento não resuscitar
O meu peso caduca a balança
Minha presença causa dor, tristeza e incomoda...

domingo, 19 de setembro de 2010

Uma estrofe...

... na compania da noite eu me dissolvo...
dissolvido me solto...
solto sou mau...
mau sou eu...
eu sou você quando está triste...